Movimentação mundial deste mercado, na casa dos US$ 2,1 bilhões em 2010, acirra a concorrência entre os players
Como no filme
Matrix, o futuro parece cheio de energia para as máquinas. Pelo menos se forem virtual machines (VMs) e se estiverem corretas as previsões da consultoria Gartner. Em um estudo publicado no final do ano passado, as previsões eram de que o mercado mundial vai chegar a US$ 4,2 bilhões em 2013.
Estão embutidos nesse cálculo a infraestrutura de software de virtualização (baseada na plataforma x86), a virtualização de servidores e o nicho de software HVD (Hosted Virtual Desktop). Neste ano, se as projeções se confirmarem, a movimentação será de US$ 2,1 bilhões (veja tabela de crescimento abaixo).
Os mantras para esse crescimento são repetidos por todos os gerentes e executivos da área: consolidação, promessa de redução de custo e vantagens de gerenciamento. Até a Microsoft resolveu engrossar o coro. “Os ambientes virtuais vieram para ficar”, diz Antonio Moraes, gerente-geral da divisão de servidores da Microsoft Brasil. “A tendência aponta para a
cloud computing e estamos empenhados em oferecer o que o mercado exige”.
Se a detentora da maior base instalada de PCs reconhece que o “futuro é virtualizado”, não sobra muito á o que discutir. A empresa chefiada por Steve Balmer luta com empenho para recuperar o tempo perdido, durante o qual a VMware avançou e alcançou a liderança do mercado.
Na tentativa de contra-ataque, no dia 19/03, a Microsoft simplificou uma estratégia de licenciamento que praticava. Os clientes deixarão de pagar, a partir de 01/06, licenças separadas para acessar o servidor dentro de um ambiente VDI (virtual desktop infrastructure). No Brasil, o processo em voga é o de “evangelização” do mercado. Para isso, a software
house promove
road shows em sete cidades brasileiras.
A Intel também vê chances de vendas para clientes em vários estágios da virtualização. A Virtualização 1.0 (buscada por cerca de 60% a 70% da demanda brasileira) vem atrás de argumentos como a redução de custos, economia do espaço físico e uma conta de luz mais baixa. “Há uma outra demanda, que podemos chamar de Virtualização 2.0, em que o apelo é a eficiência e a flexibilidade”, explica Marcel Saraiva, gerente de desenvolvimento de mercado da Intel Brasil. Segundo ele, essa demanda representaria cerca de 20% a 35% dos clientes.
Haveria ainda um raro tipo de
adopter, aquele que estaria em busca da chamada Virtualização 3.0. As palavras-chave, nesse caso, são “recursos infinitos” e “
cloud computing”. No Brasil, o número desse tipo de demanda nem beira os 5%.
A fabricante de processadores e fornecedora de soluções para servidores aposta na tendência de crescimento dos negócios apontados pelos institutos de pesquisa. A virtualização será um dos motes da chamada “Revolução Silenciosa”, estratégia de marketing da Intel, cujos anúncios serão feitos ao mercado corporativo a partir do dia 31/03, em um evento especialmente planejado para isso.
Evolução do Mercado de Virtualização (em milhões)
|
|
2008 |
2009 |
2010 |
2011 |
2012 |
2013 |
Gerenciamenteo de Virtualização de Servidores |
901,6 |
1047,8 |
1390,4 |
1891,3 |
2539,2 |
3304,0 |
Infraestrutura de Virtualização de servidores |
843,5 |
717,8 |
559,2 |
391,6 |
246,8 |
143,2 |
HVD |
37,8 |
79,8 |
152,1 |
301,1 |
503,8 |
795,6 |
Total |
1.782,90 |
1.844,40 |
2.101,70 |
2.584,00 |
3.289,80 |
4.242,80 |
Fonte: Gartner (novembro 2009) |
FONTE:
http://www.itweb.com.br/noticias/index.asp?cod=66641&utm_source=newsletter_20100329&utm_medium=email&utm_content=Especial+virtualiza%C3%A7%C3%A3o:+o+futuro+%C3%A9+na+nuvem&utm_campaign=ITWebDirect