Em algum momento me recordo que os profissionais em TI classificavam produtos em três tipos: Hardware, para tudo que fosse físico; Software para o que fosse lógico; e Vaporware para as promessas nunca saiam do laboratório. Muita gente comprava os Vaporware e depois tinha muita dor de cabeça.
Muitos vêm o termo virtualização com alguma dúvida sobre seus benefícios. Parece que algo em suas mentes relaciona o virtual ao inexistente, como o Vaporware. A tecnologia pode ser ótima, o problema é que palavras têm múltiplos significados. Isso acontece principalmente entre aqueles que não são do mundo de TI, e que no final participam das decisões, quando não são aqueles que precisam ser convencidos a pagar a conta, como financeiros, conselheiros e acionistas.
Quando nomes de produto são escolhidos não por seus benefícios, mas pelas tecnologias que viabilizam sua existência esse “gap” de entendimento pode surgir. Engenheiros ficam obcecados pelos desafios dos projetos e quando encontram seu Ovo de Colombo terminam por acreditar que a técnica é efetivamente o que todos valorizam, nomeando o produto pela ferramenta e não pelos benefícios oferecidos.
O quê, então, é a infraestrutura virtualizada? São pontes e estradas em um universo cibernético paralelo? Felizmente não, são mais reais do que seu nome indica. Se entendermos os benefícios da tecnologia veremos que suas vantagens e aplicações vão muito além do mundo paralelo.
Virtualização, como normalmente é tratada, é a tecnologia que permite concentrar diversos servidores sobre uma única máquina física. Quando o gestor consolida dezenas de máquinas em um único servidor virtualizado já traz alguns benefícios para a empresa, mas eventualmente muitas dores de cabeça para si. Virtualizar a infraestrutura vai além de virtualizar o servidor e inclui no conjunto da solução também as demais variáveis do ambiente, como o armazenamento, sistemas de segurança, comunicação, energia, profissionais e processos.
Estender o conceito de virtualização a toda a cadeia de serviços que mantém a infraestrutura de TI em ordem, incluindo pessoas e processos envolvidos, permite maior flexibilidade e agilidade na adequação de todo o conjunto a desvios de demanda e mesmo a segurança de contar com suporte necessário quando os problemas vão além da máquina principal.
Muito da discussão de hoje sobre Cloud Computing e virtualização leva a crer que todo um mundo novo já está disponível, o que de fato nem sempre é verdade. Certifique-se de que seu provedor tem condições de atendê-lo efetivamente e plenamente em todos os aspectos essenciais ao seu negócio e evite o vaporware.
POR:
Yuri Menck – gerente de Comunicação e Marketing da Global Crossing