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“A internet não trouxe algo novo: ela nos fez retomar nossas origens”, diz...

Cientista chefe da Salesforce.com destaca que redes sociais apenas recuperaram nosso poder de compartilhamento e conexões, características sociais há milênios Com o emergir das mídias sociais e comportamentos online de conexão, recomendação e compartilhamento, todos os setores da economia falam em “revolução”. O termo “economia social”, inclusive, foi criado para definir essa relação entre consumidores e marcas. Contudo, para o cientista-chefe da Salesforce, JP Rangaswami, não há nada de novo nessa tendência, ela apenas retoma a tradição social que há milênios era parte do dia a dia de todos os humanos. “Nas vilas, todo mundo falava sobre si mesmo, suas preferências. Não havia propaganda, todas as relações mercantis eram transparentes e escolhas eram feitas com base em recomendação”, contou o cientista na abertura do IT Forum Expo/BlackHat 2013 e IT Business Forum, nesta terça-feira (26/11) em São Paulo. Ele conta que, com o desenvolvimento e barateamento de tecnologias de transporte, as pessoas passaram a se deslocar e se afastar. Por isso, por algumas centenas de anos anterior à era digital, elas se isolaram em individualidade – e por isso é comum muitas vezes sequer saber o nome de seu vizinho. Ou melhor, era. Com o advento da conexão ubíqua, com computadores, smartphones e feature phones cada vez mais baratos, cuja venda cresce a cada ano, as pessoas voltaram a criar laços, estabelecer relacionamentos e se comunicar cada vez mais. “Houve uma democratização. Os meios anteriores, de massa, eram caros e não permitiam isso”, justificou Rangaswami. Privacidade Até mesmo as questões de privacidade, que emergem com tecnologias de rastreamento web sobretudo para fins de publicidade online, já existiam nas relações humanas bem antes da internet. “Pense novamente na vila, em um casal, ou em um padre em seu confessionário. Há muitos segredos que não são violados, a privacidade não é invadida – mesmo que todos ao redor saibam o que esteja acontecendo nas vidas das outras pessoas”, elucida. O especialista pontua que o importante é encarar a privacidade na web como uma relação transparente de ao menos dois pontos de comunicação, nunca focada no indivíduo. Apenas com essa transparência é possível estabelecer um produto ou serviço digital com chances de consolidar com os usuários. “O importante é saber exatamente o que está sendo visto, para qual finalidade será usado e quando será usado”, conclui.   Fonte CRN

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