Soluções fomentam expansão de negócios. Varig/Gol e do Grupo Bom Jesus contam seus cases e mostram os resultados com a virtualização O processo de virtualização pode ser tão incorporado por uma empresa que passa a fazer parte do seu DNA. É o caso da Gol/Varig. “Atualmente a virtualização se tornou um padrão para qualquer nova infraestrutura de tecnologia a ser adotada”, afirma Alexandre Carneiro, gerente de segurança, produção e arquitetura de TI da companhia aérea. Mas a situação nem sempre foi essa. O atual estágio de gerenciamento digital é muito diferente de quando a empresa começou a migrar para os primeiros servidores virtualizados. Em 2008, o ambiente de dados da empresa mais parecia uma colcha de retalhos. O processamento de informações, espalhado por várias localidades, comprometia a própria segurança das informações. Foi quando a empresa resolveu fazer a virtualização e a consolidação de seu sistema. “A Varig/GOL possuía 122 servidores com máquinas e sistemas obsoletos e que ocupavam um espaço nobre dentro da companhia”, explica Carlos Mazon, vice-presidente de infraestrutura de TI da Tivit, responsável pela implantação da solução. No final, o trabalho atrapalhado das doze dezenas de servidores foi substituído por três máquinas. O novo jeito de gerenciar resultou em retorno sobre investimento (ROI) de aproximadamente R$ 6 milhões ao ano, de acordo com informações da VRG Linhas Aéreas. Dois anos depois do processo de verticalização iniciado, o gerente da Gol faz um balanço. “Inicialmente, a meta para a primeira iniciativa de migração era de 30% do total”, explica Carneiro. “A ideia foi incorporada e a empresa, atualmente, tem cerca de 80% dos servidores virtualizados.” De acordo com o executivo, um dos maiores desafios enfrentados foi conseguir virtualizar servidores que hospedavam os sistemas legados, sem provocar impacto nos processos de negócio gerenciados por eles. O resultado final, no entanto, compensou. “Tivemos uma redução de investimento de 20% no nosso processo anual de refresh tecnológico”, avalia Carneiro. “Há também uma melhor utilização dos recursos existentes, menor tempo de resposta às demandas de projetos e alta disponibilidade em infraestrutura como um padrão para os ambientes virtualizados.” Crescer virtualizado O “virtual-way-of-life” também tomou conta do Grupo Bom Jesus, instituição de ensino sediada em Curitiba (Paraná). “Fizemos muitas aquisições nos últimos anos”, revela o CIO, Sérgio Santi. “Por causa da virtualização que adotamos, o grupo já conta com uma integração operacional rápida de qualquer nova unidade a ser integrada ao nosso ambiente produtivo.” Os números comprovam a afirmação de Santi. Em 2003, o grupo tinha 14 unidades. Em 2006, subiu para 34. Hoje, são 52. A migração das funções operacionais de um novo núcleo levava de quatro a seis meses. Hoje, ela é feita no prazo médio de 45 dias. “Houve também um aumento da nossa capacidade, com uma redução de custo da ordem de 30% a 40%”, informa. O ambiente da instituição, que trabalha com uma solução de virtualização da Citrix desde 2000, gerencia 5,5 mil estações de trabalho, em cinco Estados (Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Foram adotados desde o Metaframe, o Presentation Server, até a virtualização dos servidores e desktops com integração ao XenApp. “Depois de consolidar os servidores, começamos o processo de virtualização dos desktops”, informa Santi. Com a solução Citrix XenApp, foi possível entregar os aplicativos de forma dinâmica para aproximadamente 5,5 mil funcionários, rodando ambientes como ERP, gestão acadêmica, gestão hospitalar, CRM, BI, MS Office, MS Outlook e Internet Explorer, dentre outros. “Fomos implementando todas as etapas da virtualização”, diz Santi. “Agora, nosso próximo passo é dar acesso aos nossos 45 mil alunos.” O projeto relativo a essa expansão, que recebeu o nome de Laboratório Virtual, saiu do papel em meados do ano passado. Para isto, o Grupo Bom Jesus adquiriu cerca de 300 netbooks. A próxima etapa, segundo Santi, será aprofundar ainda mais a virtualização e entrar na era da computação em nuvem.